Aqui no Brasil, os Food Trucks começaram a fazer sucesso recentemente, mas eles já são populares nos EUA e na Europa há muito tempo, muito tempo mesmo.
O motivo para a invenção dos Food Trucks é o mais óbvio possível: a necessidade de alimentar as pessoas na rua, sem que elas precisem se locomover até um restaurante. Essa história é tão antiga, que os primeiros “Food Trucks” surgiram no século dezoito, para alimentar os vaqueiros do oeste americano. 

Em 1866, um fazendeiro chamado Charles Goodnight, conhecido como o maior criador de gado do Texas naquela época, precisava mover uma enorme quantidade de gado do Texas para o Novo México. A viagem demoraria cerca de oito semanas, precisaria de inúmeros vaqueiros e percorreria terras indígenas perigosas, a maior parte no deserto. Encontrar comida seria bem difícil.

 
 
Então ele teve a brilhante ideia de modificar um antigo vagão do exército comprado do governo. Construiu na parte de trás uma caixa de madeira com prateleiras onde ele pudesse armazenar os equipamentos necessários para cozinhar. Essa caixa tinha uma tampa articulada que, quando abaixada, se transformava na mesa de trabalho do cozinheiro.
 

 

Já nas cidades grandes, pouco tempo depois, outros vagões foram transformados também. Eles percorriam a cidade vendendo cafés e lanches.
 
 
Tanto o vagão do Charles quanto os vagões de lanche eram sinônimos de comidas simples, rápidas e acessíveis.
A parte rápida e acessível continua sendo o objetivo dos Food Trucks de hoje. Mas as comidas de agora não são nada simples. Elas também foram atingidas pelo raio gourmetizador. Grandes cozinheiros, e até mesmo chefs, aproveitam da tecnologia de hoje para construir cozinhas modernas e sofisticadas, capazes de cozinhar de tudo, conseguindo servir pratos absolutamente deliciosos, bem elaborados e dignos de qualquer restaurante formal por aí. Tudo isso na esquina do seu trabalho ou da sua casa.
 
 
Aqui no Brasil, infelizmente, os Food Trucks não podem ainda estacionar em qualquer lugar. Normalmente, eles ficam em espaços alugados. Embora perca um pouco sentido de praticidade, acaba acumulando um monte de Food Trucks com especialidades diferentes no mesmo lugar, o que dá aos cliente muitas opções de comidas e bebidas.
Sábado eu fui conhecer um desses lugares, que se chama Food Park ABC. Fica em Santo André, na Alameda São Caetano, 578. Uma travessa da Rua Figueiras.  
 
Os Food Trucks de lá variam, por isso é sempre bom dar uma olhadinha no facebook deles para ver os tipos de comidas e bebidas que estarão no dia que você for. 
 
Achei bem bacana, estava tudo bem limpinho e fomos muito bem atendidos. Embora fosse sábado a noite, o horário que fomos estava tranquilo.
Comemos o hambúrguer Himalaia do Big Foot burger (R$15) com mozzarella de búfala, rúcula e tomate seco. O hambúrguer estava uma delícia. Só não curti 100% pois o pão estava frio. Não custa nada dar uma esquentadinha no pão na chapa, né? Além dele ficar quentinho, a crosta torradinha que fica no pão impede que os sucos da carne e os “líquidos” como maionese, catchup, mostarda sejam absorvidos pelo pão, e ele não fica molengo. 
 

 

Também comemos o Tagine Marroquino do Ami (R$20). Eu fiquei curiosa para saber como era possível um tagine ser feito em um Food Truck. Sei que  é um prato bem tradicional da comida árabe, e que fica bastante tempo cozinhando dentro de um tipo de panela de barro que tem esse mesmo nome: Tagine. Agora, o tagine chama tagine por causa que a panela chama tagine ou a panela chama tagine porque ela faz o tagine? Deu nó aqui na minha cabeça. 
(http://www.amazon.co.uk/Mason-Cash-Terracotta-Moroccan-African/dp/B0051NPQFK)
O Tagine deles vem com arroz, legumes variados (abobrinha, cenoura, tomate, etc), uvas passas, frango e cebola frita. O molhinho da carne continua me dando água na boca até agora, mas eu gostaria que os legumes estivessem também com o mesmo gostinho, eles eram só cozidos. A cebola frita que eles colocaram em cima estava crocante e deu aquela textura a mais para o prato. 
 

 

 
De sobremesa nós comemos um sanduíche de sorvete do Cookie’n Ice. Aceitamos a sugestão deles e comemos um sanduíche de cookie de chocolate amargo e brazilian (com castanhas), recheado de sorvete de doce de leite. Hummmmm, estava bom demais!!! Tão bom que eu nem me lembro quanto eu paguei.
 
O Food Park ABC tem disponíveis alguns banheiros químicos para os seus clientes. Agora, quanto ao estacionamento, ou você paga para estacionar nos estacionamentos particulares que tem por lá, ou tenta achar uma vaga na rua. Dependendo do horário, não é muito fácil não. E, para terminar, já que estamos falando de Food Truck. Vocês já assistiram o filme Chef?

Conta a história de um chef extremamente competente, inovador e cheio de boas ideias, mas que tem que seguir as ordens do dono do restaurante ao invés de seguir os seus instintos. Ele acaba comprando um Food Truck e… Bom, o resto vocês assistem o filme e descobrem. É uma comédia bem tranquila, gostosa de assistir e tem no Netflix. Chega de escrever, já falei demais por hoje. Beijos.



Panela da Ceci (=



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